terça-feira, 24 de abril de 2012

Propedêutica da Teoria Crítica: Horkheimer 1

Como combinado anteriormente, vamos estudar o texto Filosofia e teoria crítica de Max Horkheimer. Minha proposta é trabalharmos parágrafo a parágrafo, seguindo o nosso objetivo de identificar os elementos básicos a serem estudados para compreendermos este texto de apresentação da teoria crítica.

Abaixo reproduzo a primeira página do texto, com o primeiro parágrafo. Esta versão está no volume Benjamin, Habermas, Horkheimer, Adorno da coleção Os Pensadores, editado em 1983. Tradução de Edgard Afonso Malagodi e Ronaldo Pereira Cunha. Para quem quiser o texto completo, ele se encontra no link: HORKHEIMER FILOSOFIA E TEORIA CRÍTICA




Como vemos logo na primeira nota de rodapé, este texto é um apêndice do ensaio de maiores dimensões, intitulado Teoria tradicional e teoria crítica. Também percebemos, pela nota preliminar, que a grande preocupação de Horkheimer está relacionada aos comentários feitos sobre o papel do pensamento atual (lembremos que ele estava na década de trinta!).

A primeira informação que temos sobre a Teoria Crítica é a de que ela é um método gnosiológico. Ou seja, segundo o HOUAISS, no verbete gnosiologia:

teoria geral do conhecimento humano, voltada para uma reflexão em torno da origem, natureza e limites do ato cognitivo, freq. apontando suas distorções e condicionamentos subjetivos, em um ponto de vista tendente ao idealismo, ou sua precisão e veracidade objetivas, em uma perspectiva realista; gnoseologia, teoria do conhecimento.

A Teoria Crítica, portanto, é uma teoria geral do conhecimento humano fundamentada na economia política, o que a torna diferente das teorias fundamentadas no Discurso do Método de René Descartes (1596-1650).

O que significa uma teoria ser fundamentada no método cartesiano? Como uma gnosiologia pode ser fundamentada na economia política? É o que comentaremos no próximo post, seguindo o próprio texto de Horkheimer e trazendo outros elementos.

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